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Segundo a pesquisa, 54% dos brasileiros acreditam que o governo Lula tem muita responsabilidade sobre o aumento nos preços da comida Miriam: alimentação em casa pesa na inflação de marçoPesquisa Datafolha divulgada neste domingo (13), mostra que a maioria da população — 58% dos brasileiros — passou a reduzir a quantidade de alimentos que costuma comprar. Entre os mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos, o impacto é ainda maior: 67% afirmam ter cortado os gastos com comida.Além da redução nas compras de alimentos, os brasileiros também têm mudado outros hábitos de consumo. Segundo o levantamento, 61% diminuíram a frequência com que comem fora de casa. Metade da população trocou a marca do café por uma mais barata, e 49% passaram a consumir menos a bebida. Apenas 21% disseram não ter adotado nenhuma mudança nos hábitos de consumo.Ações adotadas em resposta à inflação:Diminuiu a frequência com que come fora de casa: 61%;Reduziu a quantidade de alimentos que costuma comprar: 58%;Trocou a marca habitual de café por uma mais barata: 50%;Diminuiu o consumo de café: 49%;Não mudou os hábitos de consumo: 21%.A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 pessoas de 16 anos ou mais, em 172 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.Um quarto da população afirma ter menos comida em casa do que o suficienteSegundo o Datafolha, 25% dos brasileiros dizem ter menos alimentos em casa do que o necessário. Para 61%, a quantidade é considerada suficiente, enquanto 13% afirmam ter mais do que precisam. Os números se mantêm estáveis em relação à última pesquisa, realizada em março de 2023.Maioria dos brasileiros diz ter comida suficiente ou mais em casa:O suficiente: 61%;Menos do que o suficiente: 25%;Mais do que o suficiente: 13%;Não sabe: 0%.Para economizar, muitos brasileiros têm adotado outras medidas além do corte na alimentação. A principal delas é reduzir o consumo de água, luz e gás — metade dos entrevistados afirma ter feito isso. Em seguida, 47% buscaram outra fonte de renda, 36% diminuíram a compra de remédios, 32% deixaram de pagar dívidas e 26% não deixaram de quitar contas básicas da casa.Outros efeitos do aumento de preços de alimentos:Diminuiu o consumo de água, luz e gás: 50%;Buscou uma outra fonte de renda: 47%;Reduziu a compra de remédios: 36%;Deixou de pagar dívidas: 32%;Deixou de pagar contas da casa: 26%.De quem é a culpa da alta dos alimentosO governo foi visto como o maior responsável pela alta dos preços dos alimentos, segundo o Datafolha. Ao todo, 54% dos brasileiros acreditam que Lula tem muita responsabilidade sobre o aumento nos preços da comida. Outros 29% atribuem pouca responsabilidade, e 14% isentam completamente o governo. Entre seus eleitores, 72% dos que dizem votar no presidente afirmam que ele tem muita ou alguma responsabilidade pela inflação dos alimentos.Responsabilidade do governo Lula pela alta dos preços dos alimentos:Muita responsabilidade: 54%;Um pouco: 29%;Nenhuma: 14%;Não sabe: 3%.O Datafolha também perguntou sobre as causas da inflação. Cinco fatores foram avaliados: governo Lula, crise climática, guerras no mundo, crise nos EUA e produtores rurais. Responsabilidade das guerras no mundo pela alta dos preços dos alimentos:Muita responsabilidade: 50%;Um pouco: 24%;Nenhuma: 21%;Não sabe: 5%.Responsabilidade dos produtores rurais pela alta dos preços dos alimentos:Muita responsabilidade: 27%;Um pouco: 30%;Nenhuma: 38%;Não sabe: 4%.Responsabilidade da crise climática pela alta dos preços dos alimentos:Muita responsabilidade: 47%;Um pouco: 28%;Nenhuma: 21%;Não sabe: 4%.Responsabilidade da crise nos Estados Unidos pela alta dos preços dos alimentos:Muita responsabilidade: 41%;Um pouco: 27%;Nenhuma: 23%;Não sabe: 9%.