Nova reunião, entre técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e norte-americanos, está marcada para a sexta-feira (14). O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Lula, em montagem feita pelo g1
Carlos Barria/Reuters e TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
A nota conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, divulgada nesta quarta-feira (12) foi fruto de muitos debates entre técnicos, diplomatas e políticos do governo.
No comunicado, o Brasil lamentou a decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas de importação sobre aço e alumínio.
O tom usado no documento, afirmando que a medida do governo Donald Trump é "injustificável", dividiu correntes com pensamentos diferentes.
Brasil lamenta decisão dos EUA de elevar tarifas de importação sobre aço e alumínio
Uma ala do governo, envolvendo políticos, mas também diplomatas e até pessoas mais próximas ao presidente Lula, defendeu, num primeiro momento, uma retaliação. Uma resposta que invocasse a reciprocidade.
Mas prevaleceu o entendimento de outro grupo envolvido nas conversas, que aponta que ainda há uma negociação em curso com os americanos.
Um grupo técnico entre Brasil e Estados Unidos foi criado para aprofundar as discussões e buscar uma solução para os impasses tarifários.
Uma nova reunião está marcada para a próxima sexta-feira (14), com a participação de técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e representantes área de Comércio norte-americano.
Diplomatas e técnicos que apoiaram a nota divulgada ressaltaram que qualquer medida concreta só virá depois do dia 2 de abril, quando as tarifas recíprocas entre países entram em vigor.
Por isso, destacam as fontes ouvidas pelo blog, "não se podia avançar uma linha que prejudicasse o diálogo, de olho numa reparação, num futuro próximo".