G1
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, avalia que a ausência do presidente Lula por motivos de saúde redobra a responsabilidade do Congresso em aprovar tanto a reforma tributária como as medidas do pacote fiscal ainda neste ano – mesmo com o prazo curto e a complexidade das medidas.A reforma tributária pode ser aprovada nesta quarta-feira (11) no Senado. Já as medidas do pacote fiscal sequer começaram a tramitar na Câmara por causa de uma rebelião sobre a liberação de emendas parlamentares."A ausência do presidente Lula redobra a nossa responsabilidade de buscar dar solução aos temas em discussão e também tranquilizá-lo com relação ao bom andamento das matérias em favor do Brasil", afirmou Rodrigo Pacheco ao blog. O presidente do Senado acredita ser possível aprovar ambas as medidas ainda neste ano. Assim como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Pacheco deixa o posto no começo de fevereiro.Semana decisiva para o pacote de corte de gastosSegundo Pacheco, o texto que regulamenta a reforma tributária está encaminhado para votação, tanto no Senado quanto na Câmara.No caso do corte de gastos, o consenso é menor, mas o senador avalia que o Congresso precisa fazer um esforço extra para aprovar a matéria.Rodrigo Pacheco diz que, além da importância de aprovar as medidas, seria uma forma de também homenagear o presidente Lula neste momento em que ele se recupera de uma cirurgia. Dessa forma, quando Lula retornar a Brasília, as medidas já estariam aprovadas ou encaminhadas para aprovação.Relator da Regulamentação da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga, apresenta parecer na CCJCâmara segue em impasseNa Câmara dos Deputados, líderes acreditam que é possível votar ainda nesta semana a reforma tributária – depois, claro, que o texto passar pelo Senado. Já em relação ao pacote fiscal, ainda há um impasse. Mesmo com a edição de portaria pelo governo para liberação das emendas parlamentares, os deputados ainda resistem a votar nesta semana os projetos para cortar gastos públicos.Na avaliação de Arthur Lira, os parlamentares ainda querem entender se a portaria, de fato, é capaz de garantir o pagamento de todas as emendas até o final do ano. Lira afirmou ainda que, até o momento, o governo não tem os votos necessários para aprovar o pacote fiscal. Mesmo líderes governistas já admitem que a votação deve ficar para a próxima semana – e isso, se não acabar adiada para 2025.