Governo terá de aprovar pacote fiscal neste ano para reverter clima negativo na economia
Diante do mau humor do mercado em reação às medidas do pacote fiscal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só tem uma saída, na avaliação de assessores presidenciais, para reverter esse clima negativo: aprovar ainda neste ano as medidas fiscais para reforçar o arcabouço fiscal e garantir o cumprimento da meta de zerar o déficit público em 2025.
Diante do mau humor do mercado em reação às medidas do pacote fiscal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só tem uma saída, na avaliação de assessores presidenciais, para reverter esse clima negativo: aprovar ainda neste ano as medidas fiscais para reforçar o arcabouço fiscal e garantir o cumprimento da meta de zerar o déficit público em 2025.
Segundo auxiliares do presidente Lula, aconteceu exatamente o que a equipe econômica alertou o presidente Lula. Misturar pacote fiscal com isenção do Imposto de Renda iria gerar ruídos e tirar a força do pacote fiscal. O resultado foi uma disparada no valor do dólar, chegando a ficar acima de R$ 6,00, e também das taxas de juros no mercado futuro.
Se esse clima se mantiver, o primeiro efeito será o Banco Central aumentar a dose na alta da taxa de juros na reunião do Comitê de Política Monetária em dezembro, subindo de um aumento de 0,50 ponto percentual da última reunião para 0,75 ponto percentual, fechando o ano com uma taxa Selic em 12%.
Líderes governistas no Congresso têm a mesma avaliação. Será crucial aprovar as medidas fiscais de reforço do arcabouço neste ano, com uma grande possibilidade de o Legislativo alterar as propostas com adoção de mais cortes do que o previsto pelo governo. Pelos cálculos da equipe econômica, neste ano e no próximo haveria uma economia de R$ 70 bilhões.
Economistas, como Felipe Salto, avaliam que a previsão de economia para o ano que vem, calculada na casa de R$ 30 bilhões, não é suficiente. Nas contas de Felipe Salto, a economia teria de ficar acima dos R$ 40 bilhões.
- Esta reportagem está em atualização
Fonte: G1