G1
Deputado está em greve de fome desde quarta-feira (9) em protesto contra aprovação de relatório que pede sua cassação. Parlamentar do PSOL agrediu integrante do MBL com chutes. Deputado Glauber Braga, em greve de fome, se prepara para segunda noite dormindo na CâmaraVinícius Cassela/ g1A equipe do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) informou neste sábado (12) que o parlamentar tem sinais vitais estáveis, apesar das 84 horas em jejum. O deputado está dormindo em um dos plenários da Câmara desde quarta-feira (9), quando o Conselho de Ética da Casa aprovou um relatório que recomendou a cassação do seu mandato. A palavra final sobre a cassação cabe ao plenário. Em protesto, Glauber anunciou que faria uma greve de fome e não deixaria as dependências da Câmara até a votação final do seu processo. Ainda não há uma definição sobre quando o caso será pautado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo a assessoria do parlamentar, ele está mantendo hidratação adequada, conforme orientações a equipe médica que o acompanha. Os médicos têm feito duas visitas por dia ao deputado."Glauber apresentou sinais vitais estáveis, pressão arterial dentro de parâmetros de referência e pulsos vigorosos. No geral, está em bom estado, apesar de algum abatimento, o que certamente se explica pelo seu jejum, ainda que seu brio seja indiscutível", afirmou o médico Bernardo O. Ramos, um dos responsáveis pelo atendimento.O deputado tem ingerido água, solução isotônica e água de coco. Na manhã deste sábado, ele tomou meio litro de isotônico, de acordo com a equipe médica. Glauber tem dormido, em média, quatro horas por noite.O processoO deputado enfrenta um processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara, porque, em abril de 2024, ele expulsou, com chutes e empurrões, um manifestante do grupo de direita Movimento Brasil Livre (MBL).Glauber, no entanto, atribui a uma articulação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) o movimento para cassar seu mandato por denúncias apresentadas da tribuna contra o Orçamento Secreto. Na quarta-feira, ao anunciar a greve de fome, o deputado afirmou que não "perderia para Arthur Lira" e prometeu levar a "disputa política até o limite".